Ato será às 9h, em frete à Assembleia Legislativa do Paraná. A ação é organizada por movimentos e coletivos feministas.
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Entre os dias 22 de junho e 24 de agosto, 17 mulheres foram assassinadas no Paraná – crimes caracterizados como feminicídios, quando são em decorrência do gênero. Este dado alarmante, que pode ser ainda mais, faz parte de um cenário de forte violência contra as mulheres no estado: o Paraná está em terceiro lugar no ranking da violência contra as mulheres. O município de Piraquara está na segunda colocação no quadro nacional de feminicídios. Em âmbito mundial, o Brasil ocupa a vergonhosa 12º posição.
Apesar do cenário preocupante, as políticas públicas para o combate à violência contra as mulheres andam a passos lentos. O Pacto de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, firmado em âmbito federal com os governos estaduais, não tem sido cumprido no Paraná. Duas unidades móveis de combate a violência contra as mulheres entregues em março de 2014 ao governo ainda não estão em operação. Dos 399 municípios, somente 17 têm delegacias da mulher e 12 têm secretarias da mulher.
Para cobrar ações efetivas do governo do estado e da Assembleia, movimentos e coletivos feministas farão um ato nesta sexta-feira (28), às 9h, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná – Alep. A data foi escolinha por coincidir com o lançado da Frente Parlamentar pela Vida e Família, organizada por um grupo de parlamentares, às 10h, no Plenarinho.
As mulheres também vão se manifestar contra as frequentes situações de machismo dentro da ALEP, por parte dos próprios parlamentares. Esse tipo de comportamento já ocorreu recentemente por parte do pastor Edson Praczyk, do ex-presidente Valdir Rossoni e do atual, Ademar Traiano.
A ação é organizada pela CUT/PR, APP-Sindicato, Sindijor/PR, Levante Popular da Juventude, Federação das Mulheres do Paraná, FETEC, Fórum Popular de Mulheres do Paraná, Marcha Mundial de Mulheres, Rede de Mulheres Negras, União Brasileira de Mulheres.
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