Mais de trezentos estudantes do ensino médio do Colégio Estadual Luiz Sebastião Baldo, em Colombo, lotaram o salão da Comunidade São João Batista para participar da palestra que debateu direitos humanos e economia solidária.
O evento, realizado no dia 23 de agosto, fez parte do projeto A.L.I. no Baldo, que acontece há três anos e neste ano teve como tema “Redes de Indignação e Esperança”, sob coordenação das professoras Eliandra e Gisele.
O debate contou com a presença de Gisele Carneiro, assessora pedagógica do Cefuria, Cesar Bueno Lima, professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e integrante do Núcleo de Direitos Humanos/PUC-PR, e Rodrigo Alvarenga, professor do departamento de Filosofia da PUC-PR e membro da coordenação colegiada do Núcleo de Direitos Humanos/PUC-PR.
Para o professor Cesar Lima, “a única possibilidade de ascendência social vem pela educação”. Ele também falou sobre a obrigação do Estado de reduzir as desigualdades sociais e destacou os tipos de violência em nossa sociedade, a coletiva (bullyng, linchamento) e a institucional (como o não acesso de negras/os nos espaços de poder).
“A economia solidária é uma maneira de organizar a sociedade de uma forma justa”, afirmou Gisele Carneiro, destacando a importância da economia solidária na defesa dos direitos humanos. Gisele apresentou o cenário de desigualdade no Brasil e no mundo e apontou caminhos para a superação deste contexto, na perspectiva dos princípios da economia solidária – autogestão, cooperação, solidariedade, centralidade no ser humano e defesa da democracia. Ela também apresentou a Rede Mandala, que reúne empreendimentos solidários do campo e da cidade do Paraná e está e processo de construção.
Rodrigo Alvarenga falou sobre a onda de violência e a reprodução do fascismo que estamos vivenciando. “É possível resistir, e para resistir precisamos pensar em como reproduzimos o fascismo entre nós mesmo”, afirmou. Para o professor, é preciso resistir à tendência de nos relacionarmos de forma hierárquica e não democrática uns com os outros. “Em dignidade e direitos somos todos iguais. E para isso se efetivar é preciso se organizar”, enfatizou Rodrigo.
Oficinas
Na sexta-feira, dia 24, o Cefuria e a Tecsol – Incubadora de Economia Solidária da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) continuaram uma roda de conversa sobre a economia solidária com mais de 40 estudantes, divididos em duas turmas.
A partir de dinâmicas e reflexões, Helena Cantão e Rayane Costa (Tecsol), Maíra Kaline (Tecsol/Cefuria) e Anderson Moreira (Cefuria) dialogaram com as/os estudantes sobre as relações de trabalho (emprego, desemprego, hierarquia) e os princípios da economia solidária (autogestão, cooperação, solidariedade).
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