Seminário Nacional debate possibilidades e relações da Economia Solidária, em Ponta Grossa

(fotos: Assessoria de Imprensa da UEPG)

(fotos: Assessoria de Imprensa da UEPG)

A organização, o fortalecimento e a consolidação de empreendimentos econômicos solidários foram algumas das intenções do III Seminário Nacional de Economia Solidária e Tecnologia Social (III SENESTS), realizado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nesses dias 1 e 2 de setembro.

Com o tema central “Por uma cultura de desenvolvimento solidário – perspectivas, diálogos e intersecções entre Economia Solidária e Tecnologia Social”, o evento reuniu estudantes, pesquisadores/as, integrantes de Incubadoras Universitárias e de empreendimentos de economia solidária (Ecosol). Oficinas, feira de exposições, Clube de Trocas e análises sobre possibilidades e desafios da Ecosol fizeram parte da programação.

Integrantes da Rede Paranaense de Padarias Comunitárias, do Clube de Trocas da Rede Pinhão e da Feira Permanente de Economia Solidária de Curitiba e região metropolitana participaram do evento. Educador popular do Cefuria, Luis Pequeno também acompanhou a atividade, e destaca a importância da participação no Seminário.

Sentest2“Nós bebemos das experiências de outras pessoas com relação a economia solidária e incubação de diversos empreendimentos da região Sul do Brasil. A partir do estímulo que os outros dão, a gente reflete sobre a nossa prática e faz um processo inspirado em outros, mas com nosso jeito”, pondera.

Entre os debates provocados no evento, Pequeno aponta que a atividade aproximou o conceito de Tecnologia Social – um conjunto de técnicas e metodologias transformadoras desenvolvidas ou aplicadas para a solução ou melhoria de processos sociais – com a Economia Solidária.

O educador destaca que há uma complementação entre os dois conceitos – um Clube de Trocas, por exemplo, é uma tecnologia social. “Há uma certo estranhamento sobre a palavra tecnologia”, avalia. “Quando a gente faz esse processo de reflexão do conceito, vê que a tecnologia social é também uma ferramenta de resistência e de transformação para um outro mundo possível.”

O papel da Universidade

Integrante da Rede de Padarias Fermento na Massa e do Conselho do Cefuria, Luzia Nunes destaca a quantidade e a diversidade de cursos universitários que estiveram envolvidos no evento. Segundo ela, alunos de diversas áreas participaram dos debates e apresentação, refletindo a economia solidária a partir de observação e de inserção em diferentes grupos e comunidades. “É muito importante a academia exercer esse papel, e devolver esse acúmulo para a comunidade”, avalia.

Ela também destaca a diversidade de experiências – de várias regiões do Paraná e de outros estados – e de diferentes olhares sobre o entendimento da Economia Solidária. Experiências de comunidades quilombolas e indígenas também foram apresentadas no evento, e destacaram o desenvolvimento da Ecosol para além dos processos de troca, mas também como uma forma de se relacionar com as pessoas e com a comunidade.

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