Ocupação Tiradentes resiste a ameaça de despejo

A Ocupação Tiradentes, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, recebeu esta semana uma ameaça de despejo por parte do aterro sanitário Essencis, que teve a liminar concedida. O pedido de reintegração de posse coloca em risco as cerca de 700 famílias de trabalhadores e trabalhadoras que hoje estão no local, organizados no Movimento Popular por Moradia (MPM), que integra a Frente Nacional de Movimentos – Resistência Urbana. Nesse contexto é lançada a Campanha de apoio à Ocupação Tiradentes contra o despejo forçado das famílias.

MPM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A assessoria jurídica do movimento já entrou com agravo contra a decisão. Nessa quarta-feira (29), o movimento e os moradores da Ocupação realizaram um ato em frente à Prefeitura de Curitiba, para debater a situação em busca de encaminhamentos para a questão.

O terreno que deu origem à Ocupação Tiradentes, neste mês de abril, encontrava-se abandonado. Consta que o proprietário está em falência e com dívidas de IPTU. Além disso, o local abriga lixo e resíduos, não tratados pelo aterro sanitário Essencis, no Rio Barigui, que abastece a população de Curitiba e Região.

Reivindicações por moradia

As novas ocupações Tiradentes e 29 de Março somam-se a Ocupação Nova Primavera, organizada pelo MPM desde setembro de 2012. Realizada no final do mês passado, a Ocupação 29 de Março conta atualmente com 300 famílias, enquanto na Ocupação Tiradentes há 400 famílias desde o dia 17.

O movimento reivindica avanços no projeto habitacional Nova Primavera, negociado e acordado com o poder público municipal. As famílias permanecem nos locais até  que haja alguma negociação e consigam moradia digna.

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