Padarias comunitárias, associações de catadores e de moradores, clubes de trocas, igrejas e entidades que fazem parte do Conselho têm como principal desafio neste ano lutar pela continuidade do PAA, suspenso desde outubro de 2013.

Na tarde desta segunda-feira (3), mais de 70 pessoas estiveram reunidas no primeiro encontro de 2014 do Conselho Gestor da Rede de Segurança Alimentar, composto por entidades beneficiárias do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os encontros continuaram ao longo do ano, mensalmente, e tem como objetivo fortalecer a organização dos grupos nos bairros e integração entre campo e cidade.

As padarias comunitárias, associações de catadores e de moradores, clubes de trocas, igrejas e entidades que fazem parte do Conselho têm como principal desafio comum neste ano a luta pela continuidade do PAA, ameaçado desde outubro do ano passado.

A partir de outubro de 2013, cooperativas e agricultores passaram a sofrer perseguição policial e política, que resultaram inclusive em prisões. Em novembro e dezembro, comunidades do campo e da cidade se somaram para cobrar a continuidade do programa e o fim das perseguições.

O programa vinha garantindo a venda da produção de pequenos agricultores e assentados da reforma agrária, muitos deles ligados a movimentos sociais do campo. Os alimentos eram distribuídos para família com segurança alimentar em risco. Para comunidades de Curitiba e alguns municípios da região metropolitana, o Cefuria é a entidade responsável por organizar a distribuição dos alimentos.

Tanto a compra quanto a entrega de alimentos via PAA estão parcialmente suspensas desde outubro. Muitos produtores tiveram prejuízo, pois a venda garantida foi interrompida abruptamente, sem justificativa. O reflexo na cidade é grande: os cerca de 10 mil beneficiários do programa deixaram de receber o alimento.

8 de março

As mulheres do Conselho planejaram a participação na mobilização do 8 de março, da Internacional da Mulher. A proposta é que os grupos façam rodas de conversa sobre o tema e construir a marcha.

Também foi apresentado o Projeto Centro de Formação em Economia Soldaria – CEFS, que tem como objeto principal é a implantação de uma Rede Nacional de Centros de Formação e Apoio a Assessoria Técnicas em Economia Solidária, voltado à promoção do desenvolvimento territorial sustentável com superação da pobreza extrema.

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